Vila Real castiga Manuel Gião e Ricardo Gomes

O circuito citadino de Vila Real, onde se disputou este fim-de-semana a terceira ronda do TCR Ibérico e TCR España, mostrou toda a sua exigência a Ricardo Gomes e a Manuel Gião, que saíram do traçado transmontano sem os resultados esperados. Porém, a equipa demonstra-se determinada em seguir em frente e em voltar aos bons resultados o quanto antes.

A pista vila-realense é uma das mais exigentes do mundo, como se alguns dos pilotos do WTCC confirmaram, apelidando-a de um pequeno Nordschleife, considerada a mais difícil do mundo, e qualquer desconcentração é paga com uma forte penalização conferida pelos rails que delimitam o seu traçado de quatro mil e seiscentos metros e vinte e quatro curvas.

Ricardo Gomes alinhou no oitavo lugar da greha de partida da primeira prova, que acabou por ter apenas três voltas a ritmo de corrida devido a inúmeros despistes e acidentes que implicaram o aparecimento de bandeiras vermelhas e de situações de Safety-Car.

 

O piloto de Braga lidou bem com os penalizadores rails, mas numa travagem mais alongada, seguiu em frente na Chicane de Mateus, acabando por danificar o radiador nos elevados delimitadores. Apesar de ter parado rapidamente, o motor do carro foi afectado, tendo- obrigado ao abandono. “Sabíamos que este circuito não perdoa qualquer erro e foi isso que sofremos na pele. Estava com um ritmo interessante, mas deixei o carro escorregar um pouco de mais de frente e segui em frente na chicane. Ao passar pelas lombas de delimitação a violência foi elevada e o radiador cedeu. Parei assim que pude, mas não foi possível evitar danos no motor. No fundo, foi mais uma aprendizagem, de uma forma dura, na minha primeira temporada de circuitos. Porém, é pena que o carro tenha acabado por não estar em condições do Manuel (Gião) ter participado na segunda prova do dia”, frisou Ricardo Gomes.

Manuel Gião, que deveria alinhado no sexto posto da grelha de partida da segunda prova do programa, mostrou-se desapontado, muito embora esteja consciente que este tipo de contrariedades faz parte do mundo das corridas. “Nestes circuitos estas situações são sempre uma possibilidade. O Ricardo (Gomes) estava a dar o seu melhor e são coisas que acontecem. Num circuito permanente tudo seria benigno, aqui há sempre contrariedades à espera de acontecer. Agora temos que olhar para o futuro e começar a preparar a próxima etapa da temporada”, sublinhou o piloto da Sertã.

A próxima ronda do TCR Ibérico e TCR España disputa-se no Circuit de Catalunya, Barcelona, nos próximos dias 16 e 17 de Setembro.